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Bacharel em estudos literários pela UFPR, professora de língua Inglesa na Words (Sta Felicidade, Batel, Guabirotuba), adoro bons filmes, bons livros e boa música; pessoas que falam errado me incomodam demais e eu corrijo SIM! Sou casada, mãe de três gatas (Âmbar, Pandora e Neve), garota TPM, sincera ao extremo, constantemente no modo FODA-SE on! Não gostou?? Paciência... Incomodo? dois trabalhos: o de INCOMODAR e o de DESINCOMODAR... Posso ser sua melhor amiga ou sua pior inimiga...depende de você!!!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Esposa Bórgia by Jeanne Kalogridis

Romance fenomenal que conta a história da família Bórgia, polêmica pelas associações do papa Alexandre VI (Rodrigo Bórgia) e de seus filhos (César, Juan, Lucrécia e Jofre) com assassinatos e atos de terrorismo no século XV. A diferença crucial entre o romance Os Bórgias de Mario Puzo e este de Jeanne Kalogridis é a forma da narrativa...no primeiro temos um panorama geral de cada ato de cada membro da família. Neste a ênfase é maior na vida e no sofrimento de Sancha de Aragão, princesa napolitana precocemente casada, aos 16 anos, com o mais jovem dos filhos do papa, Jofre, então com 12 anos.
Sancha conta como se viu, de uma hora para outra, envolta na família mais perigosa da Itália, e sem esperanças de um dia se ver livre da situação. Desesperada e com medo dos ataques sedutores do papa, Sancha acaba fazendo uma perigosa amizade com Lucrécia Bórgia, a preferida do papa (em todos os sentidos). Essa amizade traz um ânimo a mais à princesa, que se percebe, de repente, apaixonada pelo irmão mais velho de seu marido, o cardeal César Bórgia.
Após tentativas de ocultar seus sentimentos, Sancha descobre que César também está atraído por ela, e então começam um caso secreto nos aposentos do cardeal. O romance dura pouco tempo, pois Lucrécia aparece grávida, embora seu marido tenha sido exilado longe da família, e Sancha, sem ter a intenção, descobre que o filho que Lucrécia espera é de César, e não do papa como todos pensavam. Um agravante para toda essa situação é o misterioso assassinato de Juan Bórgia, logo associado a seu irmão mais velho. Desiludida, Sancha termina seu romance com César sem dar explicações, o que enfurece o jovem extremamente vaidoso.
Depois de Lucrécia ter seu filho em um convento, o papa decide que era hora de sua família e da família de Sancha terem ligações mais profundas e acaba arranjando um segundo casamento para sua filha, com o irmão mais novo da princesa, Afonso de Aragão. Os dois se apaixonam imediatamente e logo tem um filho, Rodrigo (homenagem de Lucrécia a seu pai). César fica enciumado e arranja motivos para se desentender com Afonso, que acaba sendo assassinado pelo cunhado. Lucrécia e Sancha caem em depressão, sendo aliviadas apenas pelas visitas do pequeno Rodrigo, ainda bebê.
Vendo-se presa dentro da própria casa, Sancha decide assassinar o papa e César. Ela pede ajuda a Lucrécia (então em seu terceiro casamento) sem dizer exatamente o que faria, mas consegue obter a canterella, um poderoso veneno conhecido da família Bórgia que mata em segundos. Sancha envenena as bebidas de suas vítimas e deixa os dois acamados por dias. César se recupera mas o papa não resiste.
A princesa de Nápoles volta para casa sem o marido, que não teve quase nenhuma participação na história, pois era o mais novo dos Bórgia e ainda haviam dúvidas sobre sua paternidade...diz-se que o papa o assumiu por pura piedade, embora Jofre sempre houvesse amado a família acima de tudo, mas sem nunca ter coragem de cometer atrocidades.
O romance termina com a queda de César, que desaparece sem deixar rastros, e a morte de Sancha, antes de completar 30 anos, sem filhos e sozinha.
É um romance aterrador, impossível de largar antes de chegar no fim...muito bom, literatura de qualidade...para quem gosta de épicos, é indispensável...altamente recomendável!

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