pensamento do dia

Pensamento do dia...



Don't you hate those people who speak so much that they don't let you even think???? I DO!!!!

Quem sou eu

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Bacharel em estudos literários pela UFPR, professora de língua Inglesa na Words (Sta Felicidade, Batel, Guabirotuba), adoro bons filmes, bons livros e boa música; pessoas que falam errado me incomodam demais e eu corrijo SIM! Sou casada, mãe de três gatas (Âmbar, Pandora e Neve), garota TPM, sincera ao extremo, constantemente no modo FODA-SE on! Não gostou?? Paciência... Incomodo? dois trabalhos: o de INCOMODAR e o de DESINCOMODAR... Posso ser sua melhor amiga ou sua pior inimiga...depende de você!!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Alestorm

Prova de que vale à pena ouvir as sugestões dos alunos...hehehe...meu aluno chamado Ricardo, metaleiro convicto, também curte uns estilos diferentes de rock, me deu essa dica hoje à tarde...no início adimito que não dei muita atenção...mas de tanto ele insistir acabei procurando a tal banda no YouTube...e não é que é boa mesmo?????
Muito legal, mistura Punk rock com gaitas de foles e tem até um anão violinista...foda pá caralho...lembra muito Flogging Molly, que eu também adooooro...
Bom, bandas britânicas em geral são muito boas, principalmente as que tem influência celta.
Segue o link de um dos vídeos deles...é meio tosco, mas divertido...
Vale à pena conferir!!!

http://www.youtube.com/watch?v=ggyC0FOzqHM

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Batalha do Apocalipse - by Eduardo Spohr

O romance conta a história de Ablon, um querubim renegado, exilado na Terra, que vive se escondendo dos outros serem divinos e infernais. Numa de suas peregrinações, mais especificamente pela Babilônia, Ablon conhece Shamira, uma feiticeira que fora aprisionada pelo rei Nimrod para auxiliar em sua busca pela vida eterna. Shamira descobre que a fonte da imortalidade do rei é a deusa Ishtar, que na verdade era um anjo (uma das companheiras de Ablon na luta contra a tirania do arcanjo Miguel). Ablon se revolta ao saber que sua amiga está presa pro um mortal e que este a está usando como fonte de eterna juventude, então decide destruir a cidade e libertar os prisioneiros.
Ao concluir sua demanda, Ablon se despede temporariamente de Shamira, para partir em uma aventura até Jerusalém, em busca da criança divina. O querubim é desviado de seu caminho ao ser atacado por elfos (seres traiçoeiros que lutam para manter vivo seu lugar no mundo). Ferido, Ablon é aprisionado por viajantes gregos que planejam vendê-lo como escravo. Ao recuperar-se do veneno do elfo, o anjo consegue convencer seus captores a deixá-lo partir em troca de uma escolta até Roma. Antes de chegar lá, porém, ele é atacado por Harpias, guerreiras celestiais fiéis ao arcanjo Miguel. Suas inimigas matam seus companheiros gregos, com exceção de uma garota chinesa, também prisioneira dos mercadores.
Ablon chega a Roma e lá encontra sua amiga Shamira (que tinha descoberto o segredo para a vida eterna apenas utilizando-se da energia dos espíritos malignos) e deixa com ela a pequena chinesa.
Ablon se despede de ambas e segue seu caminho, quando lhe é oferecida uma aliança com Lúcifer, o rei do Inferno. Desconfiado, o querubim pede ajuda a Shamira para descer ao submundo e encontrar o anjo caído. Ela oferece proteção com encantamentos e ele segue confiante. Após ouvir a proposta do diabo, Ablon recusa a oferta e tenta sair do inferno, sem sucesso. Ele conta com a ajuda de um antigo companheiro (um anjo expulso do Paraíso), e da demônio Lilith para escapar com vida.
Já nos dias atuais, o Apocalipse está próximo e Ablon tem que evitar que uma guerra entre o céu e o inferno ocorra, tendo a Terra como cenário. Ele recebe apoio de dois generais celestiais enviados por Gabriel, e descobre que Shamira foi raptada por um anjo negro misterioso. Os três seguem juntos para uma passagem física entre a Terra e o céu, localizada no monte Sinai. Chegando lá, os amigos são atacados por um comboio de guerreiros enviados por Miguel, que acabam defasando o grupo de anjos. Ablon e seu companheiro sobrevivente se dirigem ao Paraíso para encontrar Gabriel, que os recebe com esperança.
O segundo arcanjo abre o jogo com Ablon sobre o paradeiro do criador, até então desconhecido mesmo entre os anjos. Ao concluir sua obra, Yaweh se materializou em almas e se dividiu entre os seres humanos. Está é a eterna luta entre os anjos e os demônios, pois os líderes do inferno nada mais são do que anjos enciumados por não terem sido agraciados com a alma do criador. Aproveitando-se da fraqueza dos anjos após a divisão céu-inferno, Miguel exerce sua tirania, querendo provocar o Apocalipse como desculpa para acabar com a humanidade e reinar absoluto entre os celestiais.
Após se confessar com Ablon, Gabriel segue os passos de seu pai e retorna ao infinito, deixando a liderança de seu exército nas mãos do querubim. Quando os demônios, liderados por Lúcifer, invadem a sala secreta do reino divino e enfrentam os anjos, Ablon descobre que Shamira é prisioneira nesse mesmo local. Sua missão agora é resgatá-la.
Enquanto os anjos e os demônios se enfrentam, parecendo óbvia a vitória dos celestiais, Ablon invade o palácio de Miguel em busca de sua amada. Ao encontrá-la, o querubim vê Miguel e Lúcifer juntos, decidindo quem seria o vencedor da batalha, diplomaticamente, o que indigna o guerreiro por saber que tudo não passou de uma armação dos dois irmãos para acabar com a humanidade e estender seus reinos por toda a criação. Para acabar com a guerra de uma vez por todas, Ablon usa a espada divina dada a ele por Gabriel.
O reino todo se desfaz, assim como a Terra e o inferno. Restando apenas Ablon, um de seu anjos guerreiros e o corpo de Shamira, que não resiste à explosão.
Tendo em suas mãos a roda do tempo, o querubim decide voltá-la ao início e deixar que a história se reescreva, dando assim uma nova chance à humanidade. Contudo, uma vez que a roda é girada, tudo o que passou será apagado, incluindo a memória daqueles que a giraram.
Correndo o risco de não saber como agir quando a guerra chegasse outra vez, Ablon volta no tempo ao lado de Shamira, mas ao olhar para sua amada descobre que suas memórias não haviam sumido, graças à um dos encantamentos que a feiticeira lhe fizera para se proteger no inferno: uma runa tatuada no braço do guerreiro que protegeria sua mente de qualquer feitiço ou magia.
Ablon e Shamira estão juntos em frente a uma praia e, dessa vez, decidem não esperar o tempo passar. Se nunca haviam ficado juntos por priorizar a resolução de uma guerra eterna, não cometeriam o mesmo erro desta vez; optaram pela própria felicidade. Quanto à guerra entre o céu e o inferno, agora Ablon saberia o que fazer para evitar que chegasse tão longe.

Nunca achei que uma história de anjos pudesse ser tão boa...mas essa me conquistou...devorei o livro em uma semana...e a cada capítulo lido eu tinha que contar a história para o meu marido (porque ele não é muito fã de leituras)...me apaixonei pela trama toda, pelos personagens, pela tensão das batalhas, pela expectativa de ver Ablon e Shamira juntos...vale a pena em todos os sentidos!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

OS FILHOS DA MEIA NOITE (SALMAN RUSHDIE)

(capítulo extraído da minha monografia - "O Nacionalismo Literário em Os Filhos da Meia Noite, de Salman Rushdie")
O romance em questão conta a história do personagem-narrador Saleem Sinai, que, nascido no exato momento em que a Índia tornara-se independente, tem seu destino diretamente ligado à história de seu país. Saleem começa sua narrativa contando um pouco sobre a vida de seu avô, Aadam Aziz, que, dono de um nariz expressivamente grande, acaba por ferir seu órgão olfativo ao levar a testa ao chão para rezar; a partir de então, o rapaz decide não voltar a adorar deus algum. Aadam acaba de retornar de uma temporada de estudos na Alemanha e passa a ser discriminado por seus antigos amigos como se fosse ele próprio um estrangeiro.
O recém-formado médico é chamado para atender a filha de um dos mais importantes homens da Caxemira, mas encontra certa dificuldade, pois a jovem só pode ser examinada através de um buraco de sete polegadas feito em um lençol, devido ao cuidado excessivo do pai, que não admite que o corpo da filha seja visto pelo médico. Apesar desse impecílio, o casal se apaixona, mesmo que aos pedaços, vindo a casar-se logo mais.
Os recém-casados Aadam e Naseem se mudam para a Índia, onde começam a formar sua família. É importante ressaltar que o futuro avô do narrador Saleem demonstra ter um sentimento de vazio desde que abandonou a religião, o que o próprio personagem descreve como “um buraco de sete polegadas” dentro de si. Esse vazio e essa descrença são, futuramente, transmitidos aos filhos e netos do casal. Além das particularidades do avô, Saleem descreve a personalidade da avó, Naseem, como dominadora e impositiva, características estas que viriam a fazê-la merecer a alcunha de Reverenda Mãe.
Passado algum tempo, Saleem nos conta a história do primeiro casamento de sua mãe, com um poeta incapaz de fazer rimas que se esconde no porão da casa dos Aziz, depois de presenciar o assassinato de Mian Abdullah (líder da Aliança Islâmica Livre). Mumtaz, a única dentre os filhos do casal que nasce com a pele escura, é abandonada pelo marido, Nadir Khan, após dois anos de casamento. Meses depois ela se casa novamente com aquele que deveria desposar sua irmã mais velha, Alia. Ahmed Sinai rebatiza sua então esposa para que, com o novo nome, ela também tenha uma vida nova; chama-a Amina Sinai. O casal Sinai muda-se para Bombaim após um incêndio criminoso que destrói os negócios de Ahmed em Agra.
Amina está grávida de seu primeiro filho, Saleem. A casa onde o casal passa a viver era propriedade de um inglês chamado William Methwold, que vende suas mansões com a condição de que seus objetos sejam mantidos no lugar; as propriedades receberam os nomes de famosos palácios europeus: Vila Versalhes, Vila Escorial, Vila Buckingham e Sans Souci. Os novos moradores da colina de Methwold reclamam da exigência do velho lorde, mas acabam aceitando a condição, afinal “o preço estava ótimo!” Passados alguns meses, os próprios moradores passam a incorporar alguns dos hábitos do antigo proprietário, como criar os peixes, tocar a velha pianola e não abrir mão da hora do cocktail (hábito este que acaba por fazer de Ahmed Sinai um alcoólatra).
Chegado o momento da tão esperada independência da Índia, chega também a hora do nascimento do nosso narrador e protagonista. Exatamente à meia noite do dia 15 de agosto de 1947, vem ao mundo Saleem Sinai, junto com seu alter-ego, Shiva. Aconteceu que, devido à loucura de uma funcionária da maternidade, Mary Pereira, duas crianças foram trocadas; o filho do casal rico seria criado pela família pobre, e vice-versa. A Saleem foi atribuído o título de Filho da Meia Noite pelo primeiro ministro, Jawaharlal Nehru, e o bebê teve sua fotografia publicada no jornal, enquanto que Shiva, o verdadeiro filho do casal Sinai, foi criado por um músico de rua, que mais tarde se tornaria mendigo, sem ao menos desconfiar da verdade sobre suas origens.
Saleem cresceu e descreveu suas aventuras desde a escola até sua adolescência, a infância ao lado da irmã, apelidada de Macaca de Cobre, e dos vizinhos da propriedade de Methwold. Devido a um acidente dentro da arca de roupa suja de sua mãe, Saleem desenvolveu seu poder telepático, Dom que recebera da hora de seu nascimento, e então passa a ter conhecimento das outras crianças que nasceram na mesma hora mágica, e que, portanto, também tinham poderes especiais.
Mas, como Saleem haveria de nos explicar, o Dom da meia noite não era igual para todos; quanto mais próximo da hora exata a criança tivesse nascido, mais fortes seriam seus poderes. A Saleem foi concedido o poder de olhar dentro do coração das pessoas, e a Shiva, o Dom da guerra. É formada então a Aliança dos Filhos da Meia Noite, que reúne as crianças mágicas dentro da cabeça de Saleem, graças à sua telepatia. Também por causa dessa telepatia é que o jovem protagonista consegue interferir na vida daqueles que o rodeiam, e mais, acaba por deixar sua marca na política do país, pois, de acordo com sua narrativa, o garoto viajava através do pensamento dos mais importantes homens do governo, influenciando suas decisões.
Como o próprio personagem nos permite descobrir, cada fato acontecido em sua vida reflete de alguma maneira na história política da Índia, seja de forma positiva ou negativa. Saleem se considera uma criança especial, por ter seu Dom especial, e acredita que sua Aliança com as outras crianças mágicas pode mudar o destino da nação de maneira significativa. O que o garoto desconhece é que seus poderes acabam influenciando sua vida e a daqueles que o cercam muito mais do que ele próprio imaginava. Saleem torna-se responsável pela morte de um dos seus vizinhos, ao denunciar o romance deste com a esposa do comandante Sabarmati, também morador da colina.
Pouco tempo depois Saleem se vê atraiçoado por sua família, que, sem saber dos poderes do rapaz, leva-o ao hospital para tratar uma crise de sinusite. O tratamento é rápido mas deixa seqüelas irreversíveis ao jovem; devido à drenagem feita em seu nariz, Saleem perde seus poderes telepáticos. No lugar da telepatia, que acabara de se perder para sempre, o garoto descobre o poder de cheirar. Pela primeira vez na vida, Saleem sente os odores, mas de forma muito mais poderosa que as pessoas normais, podendo reconhecer inclusive o cheiro dos sentimentos, como raiva, inveja, ciúme.
Ao ser revelado o segredo da ayah Mary Pereira, aquela que havia trocado os bebês na maternidade, Saleem descobre-se apaixonado pela irmã, a então cantora Jamila. Neste ponto da narrativa, a família Sinai já se mudara para o Paquistão, em busca de uma vida nova, deixando para trás os problemas e as decepções. Além de acreditar que podia interferir na história da Índia, Saleem vê seu destino também vinculado, de alguma forma, à história política de seu novo país, e acredita que os governantes, tanto de uma nação quanto de outra, desejavam eliminar sua família. O personagem chega a essa conclusão quando o Paquistão é atacado por uma chuva de bombas, e três delas atingem seus familiares: a primeira atinge a casa recém-construída de seus pais, a segunda extermina sua avó, Naseem, e sua tia Pia, e a última mata seus outros parentes, os parentes ricos e importantes, a tia Emerald e seu marido, o general Zulfikar, seu primo Zafar com a esposa Kif, e sua tia Alia.
Por alguns anos Saleem perde a memória e é enviado ao exército paquistanês para lutar na guerra contra a Índia. Com seu nariz extremamente grande e poderoso, olfativamente falando, Saleem ocupa na tropa o lugar de cão farejador, e por não ter lembrança alguma de sua história, não demonstrar sentimentos aos companheiros, e por ser o mais velho do grupo, ele é chamado de buda. O buda se embrenha na floresta dos Sundarbans para fugir da guerra, e leva três companheiros com ele sem, entretanto, deixá-los saber que estavam a fugir. Os três adolescentes que seguiam o buda são mortos em combate quando o pequeno grupo consegue sair da selva, oito meses depois de lá terem entrado.
Sendo o buda o único sobrevivente, e ainda incapaz de lembrar seu nome, ele se vê novamente na Índia. É durante um desfile de atrações que uma antiga amiga da Aliança o reconhece e o chama pelo nome há tanto esquecido, Saleem. Nosso personagem passa a viver em Nova Deli, no gueto dos mágicos, junto com a feiticeira Parvati e Singh da Fotografia, depois de passar quatrocentos e vinte dias de luto (quarenta dias para cada pessoa da família que havia morrido) na casa de seu tio Mustapha. Após algum tempo Parvati apaixona-se por Saleem, que é incapaz de amá-la devido à lembrança da irmã, a cantora Jamila.
O rapaz diz não poder ter filhos como desculpa para fugir do casamento, mas não contava que Parvati usaria sua magia para atrair até ela o comandante Shiva, alter-ego e inimigo pessoal de Saleem (que agora tornara-se militar), ficando grávida pouco tempo depois. Vendo a desgraça estampada no rosto da amiga, Saleem aceita casar-se com ela e assumir o filho de seu rival como se fosse seu. Após um trabalho de parto de treze dias, ao exato momento em que se instaurava na Índia o estado de Emergência, nasce o filho de Saleem, Aadam Sinai, que assim como o pai, tem seu destino ligado ao de seu país.
Durante o estado de Emergência, a primeira-ministra, Indira Gandhi, aprisionou vários de seus inimigos políticos, incluindo os integrantes da Aliança dos Filhos da Meia Noite. A Viúva, como é chamada por Saleem, consegue aprisionar todos os ex-companheiros do rapaz com a ajuda de Shiva, que acabava por se tornar um importante aliado do Partido. Os prisioneiros foram torturados e, ao final do processo, esterilizados, para que não pudessem se reproduzir. O que nenhum deles esperava é que o efeito da cirurgia acabou por ter o mesmo efeito que teve o tratamento para sinusite de Saleem, fez desaparecer por completo seus poderes mágicos.
Durante as torturas no cativeiro, antes de ser libertado, Saleem foi informado que Parvati havia morrido. Decidiu então sair em busca de Singh da Fotografia e de seu filho, Aadam. Depois de encontrá-los a salvo, o rapaz reencontra sua antiga ayah, Mary Pereira, conhecida então como Mrs. Bragança, dona de uma grande fábrica de conservas. Mary ajuda seu protegido a criar o filho, e cede a ele um escritório dentro da fábrica, para que possa escrever sua história. A morte persegue Saleem de perto, com a mesma doença que matou seu avô, Aadam Aziz, uma espécie de lepra nos ossos, e o personagem se vê obrigado a escrever para que o filho não corra o risco de crescer sem saber quem foi seu pai e o que lhe aconteceu.
Quem ouve atentamente a narrativa de Saleem é Padma, uma funcionária da fábrica, semi-analfabeta, que se apaixona pelo personagem-narrador e sonha com um possível casamento. Padma sofre e se emociona com as desventuras da família Sinai/Aziz, e termina como a platéia de Saleem, antes que seu filho possa sê-lo. O romance é encerrado por Rushdie com uma palavra que resume perfeitamente toda a magia que circunda a narrativa: ABRACADABRA. Palavra esta que é dita pelo pequeno Aadam, que até então não sabia (ou recusava-se a) falar. Ao contrário do que Saleem imaginava, esta palavra não desencadeou o fim dos tempos, mas sim o começo de uma nova história, a história de seu filho, que pode ou não ser tão mágica quanto a sua.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Hora da Vingança - by George Jonas

Pra quem assistiu o filme Munique, de Steven Spielberg, o livro será ainda melhor. Foi dele que o diretor holliwoodiano tirou sua inspiração para o sucesso das telonas, estrelados por Eric Bana (nhamy).
A história começa narrando o ataque terrorista nos jogos olímpicos de Munique, quando atletas israelenses foram brutalmente assassinados por uma facção de palestinos. Após o atentado, cinco agentes do governo de Israel foram recrutados para exterminar, sem deixar rastros, os mandantes dessa atrocidade. Os agentes tiveram seus vínculos com o governo excluídos, suas famílias removidas de Israel e foram alojados num lugar secreto em Genebra. Avner, Hans, Steve, Carl e Robert começaram com sua lista de terroristas por assassinar, e um a um suas mortes são descritas ao leitor.
Depois de matar seis dos terroristas indicados, Carl é misteriosamente assassinado em Londres, aparentemente por uma mulher. Interrompendo a missão, Avner e os outros vão à caça da suposta acusada e a eliminam sem dó.
Logo em seguida mais um terrorista é morto pelo grupo, e então, sem nenhuma explicação, Robert morre explodindo o próprio carro acidentalmente ao testar explosivos. Os três companheiros sobreviventes decidem continuar com a missão, embora houvessem recebido a ordem para abortar. Faltavam apenas três terroristas para que a lista estivesse completa.
Em uma parada estratégica em Genebra, Hans é morto à noite numa área deserta dentro do parque da cidade. Após a morte de mais um do grupo, e restando apenas Avner e Steve, a missão é cancelada a ambos retornam a suas respectivas famílias.
Passam-se alguns meses em que Avner se sente em paz com sua mulher e filha, quando representantes do governo o procuram para lhe dar mais uma missão.
Depois de recusar entrar em outro trabalho arriscado, Avner recebe um envelope contendo um foto de sua filha de dois anos com o rosto circulado em vermelho, como se fosse um alvo. Ele usa sua habilidade de agente especial para coletar fotos de todos os filhos dos representantes da embaixada de Israel no EUA e os ameaça em troca da segurança de sua família.
Avner nunca mais houve notícias do governo de Israel e vive em lugar desconhecido com sua família.
A narrativa é impressionantemente irresistível. É impossível desgrudar do livro. Parece que a gente está dentro da missão junto com os agentes. Você se sente tenso do começo ao fim e acaba sentindo a mesma dor dos personagens a cada perda de um companheiro, assim como a comemoração a cada vitória , cada conquista.
Ótima pedida para leitura de final de ano.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Esposa Bórgia by Jeanne Kalogridis

Romance fenomenal que conta a história da família Bórgia, polêmica pelas associações do papa Alexandre VI (Rodrigo Bórgia) e de seus filhos (César, Juan, Lucrécia e Jofre) com assassinatos e atos de terrorismo no século XV. A diferença crucial entre o romance Os Bórgias de Mario Puzo e este de Jeanne Kalogridis é a forma da narrativa...no primeiro temos um panorama geral de cada ato de cada membro da família. Neste a ênfase é maior na vida e no sofrimento de Sancha de Aragão, princesa napolitana precocemente casada, aos 16 anos, com o mais jovem dos filhos do papa, Jofre, então com 12 anos.
Sancha conta como se viu, de uma hora para outra, envolta na família mais perigosa da Itália, e sem esperanças de um dia se ver livre da situação. Desesperada e com medo dos ataques sedutores do papa, Sancha acaba fazendo uma perigosa amizade com Lucrécia Bórgia, a preferida do papa (em todos os sentidos). Essa amizade traz um ânimo a mais à princesa, que se percebe, de repente, apaixonada pelo irmão mais velho de seu marido, o cardeal César Bórgia.
Após tentativas de ocultar seus sentimentos, Sancha descobre que César também está atraído por ela, e então começam um caso secreto nos aposentos do cardeal. O romance dura pouco tempo, pois Lucrécia aparece grávida, embora seu marido tenha sido exilado longe da família, e Sancha, sem ter a intenção, descobre que o filho que Lucrécia espera é de César, e não do papa como todos pensavam. Um agravante para toda essa situação é o misterioso assassinato de Juan Bórgia, logo associado a seu irmão mais velho. Desiludida, Sancha termina seu romance com César sem dar explicações, o que enfurece o jovem extremamente vaidoso.
Depois de Lucrécia ter seu filho em um convento, o papa decide que era hora de sua família e da família de Sancha terem ligações mais profundas e acaba arranjando um segundo casamento para sua filha, com o irmão mais novo da princesa, Afonso de Aragão. Os dois se apaixonam imediatamente e logo tem um filho, Rodrigo (homenagem de Lucrécia a seu pai). César fica enciumado e arranja motivos para se desentender com Afonso, que acaba sendo assassinado pelo cunhado. Lucrécia e Sancha caem em depressão, sendo aliviadas apenas pelas visitas do pequeno Rodrigo, ainda bebê.
Vendo-se presa dentro da própria casa, Sancha decide assassinar o papa e César. Ela pede ajuda a Lucrécia (então em seu terceiro casamento) sem dizer exatamente o que faria, mas consegue obter a canterella, um poderoso veneno conhecido da família Bórgia que mata em segundos. Sancha envenena as bebidas de suas vítimas e deixa os dois acamados por dias. César se recupera mas o papa não resiste.
A princesa de Nápoles volta para casa sem o marido, que não teve quase nenhuma participação na história, pois era o mais novo dos Bórgia e ainda haviam dúvidas sobre sua paternidade...diz-se que o papa o assumiu por pura piedade, embora Jofre sempre houvesse amado a família acima de tudo, mas sem nunca ter coragem de cometer atrocidades.
O romance termina com a queda de César, que desaparece sem deixar rastros, e a morte de Sancha, antes de completar 30 anos, sem filhos e sozinha.
É um romance aterrador, impossível de largar antes de chegar no fim...muito bom, literatura de qualidade...para quem gosta de épicos, é indispensável...altamente recomendável!

sábado, 27 de novembro de 2010

Tropa de Elite...realidede ou ficção???

Depois dos ataques terroristas realizados por traficantes nas favelas do Rio de Janeiro essa semana, a gente se pergunta se o filme Tropa de Elite não foi realmente "basedo em fatos reais"...
É um absurdo a maneira como esse bando de vagabundos acha que pode controlar uma cidade (se não um país) através do pânico...como diria Coronel Nascimento: BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO!!!!
Enquanto não limparmos a nossa sociedade dessa praga não teremos paz...impressionante é ver que quando a polícia quer agir de verdade, eles têm meios para fazê-lo! Por que não fizeram antes, porra???? Pra quê esperar e deixar chegar a esse ponto, no qual os próprios moradores da favela são forçados a se trancarem dentro de suas próprias casas, hastenado bandeiras brancas improvisadas com lençóis, pedindo "paz, peloamordedeus"!!!
Se a polícia tivessem agido antes, previsto essa barbárie nas ruas do Rio, prendendo esses vagabundos filhos da puta, exterminando aqueles que já estão dentro da cadeia para evitar que continuem controlando suas quadrilhas de lá (pois cadeia hoje em dia não é punição, é uma garantia de que os chefes do tráfico não serão mortos, nem pela polícia e nem por seus rivais), se houvessem pensado na população brasileira, naqueles cidadãos honestos que imploram por um pouco de paz em suas dependências, sem correrem o risco de serem mortos dentro de suas casas por balas perdidas...nada disso teria acontecido...
Agora resta a pergunta: Será que dá pra confiar que essa ação da polícia vai durar??? Será que depois de controlada a situação, as tropas não vão se retirar e deixar que tudo volte a ser como era antes????
We hope not!!!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Os Três Mosqueteiros - filme

Tinha esquecido como esse filme era legal! Assisti hoje à tarde com meus alunos do Upper 2 numa super relaxing video class. Foi bom ver as lindas carinhas de Kieffer Sutherland, Chris O'Donnel, Charlie Sheen quando ainda eram bebês...hehehe...muito velha eu pra falar assim, né?
Mas esse filme me lembra minha infância, sessão da tarde e talz...o espírito de aventura que o filme mostra é muito legal...você ri uma boa parte dele, principalmente com as tiradas de Porthos, o pirata...ahuahuaha...as acrobacias que os mosqueteiros fazem na hora das lutas...é clássico demais!
Sem falar que a história em si é muito boa; toda a trama do cardeal contra o rei Luis, a insistência de D'Artagnan para se tornar mosqueteiro, sem falar no lema super inspirador One for all, All for one!
Mas o melhor de tudo foi ver meus alunos de 16 anos aplaudindo as acrobacias, rindo das piadas, torcendo para que Aramis não morresse na luta contra o cardeal...foi muito old school.
Fazia tempo que eu não tinha sucesso em mostrar um filme tão bom, da minha época, e que eles gostassem tanto assim...me realizei...
E foi muito bom relembrar o que eu senti quando assisti o filme pela primeira vez também...foi realmente muito legal...definitivamente um filme que eu recomendo a todos os que quiserem reviver os bons e velhos tempos...